31/12/2009

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.''

Oscar Wilde

30/12/2009

Gosto do TEMPO. Só o

TEMPO
me vai afastar de toda esta sensação de ilusão perdida no tempo.

Neste momento, tenho inveja do género masculino e da sua fantástica capacidade de pensar no Vazio. No Nada. Será medicação ou nascem mesmo assim??!!!
Já não mora aqui!!!
Não brinco mais!

Aceito o silêncio, a tua falta de coragem e o


ONLINE...
Logo a noite:


por aqui
cheguei AQUI

"You can never replace anyone because everyone is made of such beautiful, specific details."

Before the Sunset

por aqui
cheguei AQUI

O castelo caiu!! Passou a colher de chá e, num acto muito egoísta, de uma só vez adoçou "earl grey".
Era um castelo de açúcar, por si só, muito frágil mas muito doce...


Passem-me o sal, por favor.

28/12/2009

HOJE apetece-me. VAI à MERDA...
Ela é um ser eternamente ESPACIAL, vive num espaço sideral. Até dizem que é ESPACIAL de corrida.

22/12/2009

Dá-me uma TRUFA

21/12/2009

16/12/2009


SUBMERGI todas as minhas memórias. Só observo o Hoje e o Amanhã

15/12/2009

Lastly, they love your work and style so please go CRAZY!!


gosto destes emails... aquecem-me o coração
O Silêncio agita, abala, transtorna... O nosso espírito chega mesmo a perder a serenidade.


Silêncio, por favor

14/12/2009

EU QUERO SER FELIZ


" SER FELIZ OU TER RAZÃO ? "

Para reflexão...
Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

MORAL DA HISTÓRIA:

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência: 'Quero ser feliz ou ter razão?' Outro pensamento parecido, diz o seguinte: 'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam. Passe este e-mail aos seus amigos, para ver se o mundo melhora... Eu já decidi... EU QUERO SER FELIZ e você?


'Nunca se justifique.

Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."

09/12/2009

07/12/2009

06/12/2009

Tento que o meu

eu;
não se engane nos sentidos e nos pensamentos.



momentos de um eu menor

04/12/2009

Se você ama alguém, deixo-o


livre
;
se ele voltar, ele é seu; se não, nunca foi

03/12/2009

TEUS
LÁBIOS


Tão
Delicados
São
Teus lábios
Finos
Tão
Pequeninos
Que não sei
Se os vejo;
São linhas
Lindas
Dum desenho
Lindo,
Que ao vê-los
Rindo,
Mais beijar
Desejo.
Mas quem seria,
Pequenino
Amor,
Esse pintor
Que os traçara
Assim?
Era,
Por certo,
Um genial
Talento
Que no momento
Se lembrou
De mim.

in Sampaiadas de Sampaio, 1962
AFELICIDADE
NOVELA DE AMOR INCOMPLETO... PARA SER FELIZ

Aquele rapaz foi sempre muito atilado, cumpridor de seus deveres, escravo da sua honrada palavra, vivendo de bem com a sua consciência, sempre pregando os elementares e são princípios, podendo considerar-se, sem favor, o verdadeiro e límpido espelho da humanidade, pois, antes que se resolvesse a tomar qualquer destino, reflectia muito. Aprumado e bem posto, figurino impecável da última moda que era ditada lá de fora, não causava estranheza que o sexo feminino, tão propenso a deixar-se acarinhar e a fazer feliz quem desta maneira inconfundível procede na sua vida, lhe rendesse os mais cativantes, ternos e estudados olhares. Agora era uma loira, depois uma morena ou até morenas oxigenadas, que são as mulheres com vincados e insofismáveis temperamentos escuros mas de aspecto visivelmente claros.
Os namoros duravam apenas o máximo de trinta dias certos.
Neste escasso, mas suficiente período de estudo, a assiduidade era matemática, as palavras eram doces e vulgares como o ambiente e o caso exigem; nada de arrebatamentos ou frases grandes, frases de dar a Lua ou dar ao Céu. Tudo muito terra-a-terra e estúpido. Ainda me recordo de, em dada ocasião, num pequeno e animado baile familaiar, enlaçado numa ruiva fulminante que incendiava toda a sala e circunstantes, num dengoso e "pampanoso" tango triste, ouvi-lhe esta frase lapidar, característica e alicerçada:
– Chove lá fora. Chora o Céu lágrimas gigantes. Sinto-me no Céu e estou muito feliz.
E ela olhou-o como quem percebe e esforçou~se com naturalidade por dar-lhe maior certeza do encanto celestial.
Passaram os anos, e essa figura de homem que anteriormente descrevi, continuava na mesma, com os namoros, com a mesma vida, fiel ao mesmo princípio... e sem finalidade.
Há pouco mais de um ano encontrei-o com ar de pessoa a quem falta o ar, muito preocupado, olhando o relógio a cada momento e despedindo-se, à presa dos amigos. Não aparecia em teatros e até ao futebol, que antes não perdia por maior que a razão fosse, passou a não contar como espectador assíduo e entusiasta.
Aos domingos à noite, quando o Porto ganhava, reuniamo-nos todos à mesa do café, caras alegres, caras que não deixavam dúvidas, em grande algazarra, contando os feitos deste ou daquele, levantando o guarda-redes, os avançados, tudo o que tinha contribuindo para a grande retumbante vitória do nosso clube. Ele chegava, com uma cara muitíssimo parva, uma cara onde se lia que não se a nada e perguntava, ingénuo e indiferente:
– Vocês estão contentes... Que foi?
Um belo dia de sol lindo e céu sem nuvens, um desses dias tão claros em que apenas se pode dizer a verdade, chamei-o ao lado e inquiri que assim o transportava. Vim a saber que tinha encontrado a Felicidade., senhora de sãos e robustos princípios como o dele, que conseguiu prendê-lo mais do que a tabela, pois já durava o namoro há quatro meses. Dizia ser a mulher que o destino lhe talhara, com todos os predicados que ele idealizou e merecia.
Há coisa de dois meses desapareceu. Soube depois que tinha ido até França.
O tempo passou e, ontem, encontrava-me no café do costume, saboreando um agradável cálice de Vinho do Porto, quando se enciaxilhou nas molduras da porta, muito risonho, cheio de uma alegria que já não lhe conhecia, o meu ilustre amigo de quem tenho estado a falar.
Abraços, descrição da viagem, a vida por lá, o que se diz, etc., etc., quando me veio à mente a Felicidade. Olhei-o melhor, medi-o e disparei:
– E a Felicidade? Essa mulher que o destino te talhou?
Saudável, transpirando alegria por todo o corpo, os olhos a rir com riso sem amarras, falando com desenvoltura e sem olhar para o lado, disse:
– Olha, meu caro amigo, todos nós temos uma mulher que o destino nos impõem. Se conseguirmos escapar-lhe... teremos a verdadeira Felicidade.

in Sampaiadas de Sampaio, 1962

02/12/2009

ANÓDOA

A nódoa, ao contrário do que pensam os chamados espíritos elevados, não é um simples produto de geração espontânea. Nasce como uma flor ou um animal, cresce e desenvolve-se e afronta tudo com a placidez calma e heróica dos heróis convictos.
Continuando na minha afirmação bem alicerçada, solidamente erguida à custa de dispendiosos, aturados e mal compreendidos estudos, tenho a informá-los de que, para se conseguir uma nódoa, é preciso apanhá-la. Há várias maneiras, mais ou menos perfeitas, de se apanhar uma nódoa; mas, a mais corrente e sem dispêndios de maior, é a distracção.
Coloca-se uma pessoa a uma mesa, sem guardanapo, e pensa no dia de ontem ou de amanhã – para o caso dá o mesmo; o que convém é não pensar no que se está a fazer – e ela lá vem dum salto... quando tem a certeza de cair bem.
Depois, na rua, um amigos aponta-nos a nódoa. Encaixilhamos uma cara pouco recomendável para fotografias e dizemos: Não sei como isto foi...
E é de lamentáveis ingenuidades como esta, que nasceu a lenda absurda da geração espontânea.
Quando o marido de V. Exa. chegar a casa, com esse espírito pesquisador e bisbilhoteiro que V. Exa. tem, depressa encontra a mancha. Daqui para diante principia a procurar a melhor maneira de fazê-la desaparecer. Consulta as amigas, livros, perde o seu tempo rebuscando os velhos alfarrábios e não encontra nada que a satisfaça.
Ora eu, que vim ao mundo para desvendar os mistérios insondáveis, não posso deixar de informá-las da maneira mais prática de se livrarem dessas malditas nódoas.
Nada de benzinas. Nada de amoníacos... e nada de se meterem a receber conselhos dessa inconsciente massa ignara que vegeta por sobre o orbe terrestre... e se chama "amiga".
Só há duas espécies de nódoas: as que saem... e as que não saem.
As primeiras, com certa esperteza e manha, torna-se facílimo colocá-las fora de combate. Como todos sabem, a nódoa é uma coisa muito estúpida; quando resolve sair... sai mesmo.
Nesta altura não se contraria o seu alevanto espírito aventureiro e deixa-se sair. Isso é lá com ela... que se arranje.
Agora é preciso ter mais calma e muito cuidado.
...


in Sampaiadas de Sampaio, 1962
A minha vida é uma vida como todas as outras; vulgar como a derrota de um clube que perde sempre, embora tenha algumas passagens como o costado de um camelo de duas corcovas: com altos e baixos.


Nasci com o tempo normal, naturlmente, por volta das três horas da manhã e este madrugar influiu tanto na minha vida... que ainda hoje ando com um soneira levada da breca que não me deixa levantar bem disposta antes do meio-dia.


Depois, cresci... e não lhes digo nada ...
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in Sampaidas de Sampaio, 1962
"Guardo tudo na cabeça" diz erguida e não segura "AH!!!"... "Sabes que não se controlam tufões, ciclones, ventos fortes ou fracos??"
"??¿¿SEI¿¿??"

01/12/2009


Não andar em bicos de pés, não olhar, não pensar... simplesmente transportar, em mim, um momento

GENIAL,
cheio de superficialidade.