Buster Keaton
O humor nos filmes de Buster Keaton, basicamente, se fazia através das chamadas gags; corridas, quedas, fugas. Uma das grandes inovações de Keaton, no entanto, é o fato de sua comédia se basear num personagem impassível, que mantém as mesmas feições diante dos fatos ocorridos. Isso explica os apelidos dados a ele pelos críticos; O Grande cara de pedra e O homem que nunca ri. Keaton percebeu que ao não modificar sua expressão, o espectador projetaria suas aspirações sentimentais, sensoriais e morais. Assim, pode-se afirmar que, de certa forma, ele pré-concebeu intuitivamente a famosa Experiência Kuleshov*.
* Lev Kuleshov, um dos cineastas do Partido, realizou na década de 20 uma experiência que ficaria na história do cinema como sendo a primeira a comprovar de facto o poder de sugestão que a montagem pode exercer sobre o espectador: filmou-se um plano de um actor com expressão neutra e, posteriormente, esta imagem era alternada com planos de diferentes conotações: uma criança, uma mulher num caixão e um prato de sopa.
Ao assistir aos diferentes “filmetes”, a platéia de teste via nuances de interpretação, achava que a face do actor representava a ternura quando em justaposição com a criança, a tristeza ao ver a mulher no caixão e a fome quando em justaposição com o prato de sopa. Essa experiência foi utilizada por todos os russos.
2 comentários:
Se calhar o actor esteve bem ao ser pouco expressivo ;)
(vergonha)
UPS!!!!!!!!
(mais vergonha)
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