01/06/2009



Buster Keaton

O humor nos filmes de Buster Keaton, basicamente, se fazia através das chamadas gags; corridas, quedas, fugas. Uma das grandes inovações de Keaton, no entanto, é o fato de sua comédia se basear num personagem impassível, que mantém as mesmas feições diante dos fatos ocorridos. Isso explica os apelidos dados a ele pelos críticos; O Grande cara de pedra e O homem que nunca ri. Keaton percebeu que ao não modificar sua expressão, o espectador projetaria suas aspirações sentimentais, sensoriais e morais. Assim, pode-se afirmar que, de certa forma, ele pré-concebeu intuitivamente a famosa Experiência Kuleshov*.

*  Lev Kuleshov, um dos cineastas do Partido, realizou na década de 20 uma experiência que ficaria na história do cinema como sendo a primeira a comprovar de facto o poder de sugestão que a montagem pode exercer sobre o espectador: filmou-se um plano de um actor com expressão neutra e, posteriormente, esta imagem era alternada com planos de diferentes conotações: uma criança, uma mulher num caixão e um prato de sopa.
Ao assistir aos diferentes “filmetes”, a platéia de teste via nuances de interpretação, achava que a face do actor representava a ternura quando em justaposição com a criança, a tristeza ao ver a mulher no caixão e a fome quando em justaposição com o prato de sopa. Essa experiência foi utilizada por todos os russos.

2 comentários:

Se Calhar disse...

Se calhar o actor esteve bem ao ser pouco expressivo ;)

LIA CERVANTES CARDOSO disse...

(vergonha)

UPS!!!!!!!!

(mais vergonha)